quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ainda a Falha de Santo André ...

Investigadores norte-americanos deram um passo em direcção à previsão de sismos. Um artigo publicado hoje na revista científica "Nature" conseguiu relacionar alterações nas rochas que se deram antes da ocorrência de dois sismos de baixa magnitude, na Califórnia.


A famosa falha de Santo André, perto da cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, foi o laboratório para as experiências. O grupo de cientistas utilizou o Observatório da Falha de Santo André em Profundidade (SAFOD), instalado na pequena cidade de Parkfield, para obter informações sobre a alteração das rochas nessa zona.O objectivo foi obter dados que ajudassem na previsão dos sismos. “Se tivermos dez horas de aviso, do ponto de vista prático podemos deslocar populações, tirar as pessoas de edifícios e pôr os bombeiros em alerta”, explica Paul Silver, co-autor do artigo e investigador no Carnegie Institution for Science, em Washington, citado pela BBC Online.A prova da importância de descobrir um método capaz de prever os sismos é o sistema que todos os anos alerta as pessoas que estão na rota dos furacões.

A velocidade das ondas sísmicas varia com a tensão a que as rochas estão a ser submetidas, devido à existência de fendas que se vão abrindo e fechando nas rochas. “O que estamos à procura é de alterações na velocidade que correspondem a alterações de tensão”, explica Paul Silver. “Existe uma hipótese que diz que as alterações de tensão precedem os eventos sísmicos. Há muito tempo que está a tentar provar-se isso. A tecnologia já melhorou, pelo que podemos medir estas mudanças de forma mais rigorosa.”


http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/investigadores-identificaram-alteracoes-nas-rochas-que-precedem-os-sismos_1335065

Reflexão:

Tectónica de Placas:
- Fronteiras de Placas do tipo Transformante


O contacto entre duas placas pode efectuar-se sem que haja entre elas movimentos de convergência ou de divergência, deslizando apenas horizontalmente uma pela outra. Diz-se então que existe uma fronteira de placas transformante, sendo o contacto efectuado através de uma zona de fractura transformante.

Algumas falhas transformantes ocorrem em terra, como acontece, por exemplo, com a falha de Santo André, na Califórnia, a qual efectua a ligação entre a Crista do Pacífico Oriental (uma fronteira divergente de placas) com a Crista Gorga Sul / Juan de Fuca / Explorer (outra fronteira divergente de placas).

A zona de fractura de Santo André tem cerca de 1 300km de comprimento e, nalguns lugares, dezenas de quilómetros de largura, afectando aproximadamente dois terços da extensão da Califórnia. Esta falha transformante constitui uma fronteira de placas, onde, desde há 10 milhões de anos, as placas Pacífica e Norte-Americana deslizam horizontalmente uma pela outra à razão de cerca de 5cm/ano.


Elaborado por:
Ana Castro
Vanessa Costa

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