terça-feira, 22 de setembro de 2009

Papel Biológico do DNA (Ácido Desoxirribonucleico)

Na aula de quinta-feira (dia 17 de Setembro) abordamos as experiências de Griffith, de Avery e de Hershey e Chase através de um Exercício de Inquérito.
Estas experiências foram bastantes importantes, pois vieram mostrar que o ADN era responsável pelo armazenamento da informação genética.


Experiência de Frederick Griffith

Griffith fazia experiências com bactérias da espécie Diplococcus pneumoniae, as quais provocavam pneumonia em mamíferos (nesta experiência são utilizados ratos). Griffith verificou que esta bactéria apresentava dois tipos com características hereditárias diferentes: Tipo S, revestidas de cápsula e com formação de colónias lisas ;Tipo R, sem cápsula e formação de colónias rugosas.


Griffith, em 1928, investigando a virulência do Diplococcus pneumoniae em ratinhos, realizou a experiência esquematizada na figura abaixo representada.


Situação A – bactérias da forma S foram injectadas em ratos. Os ratos morrem de pneumonia;
Situação B – bactérias da forma R são injectadas em ratos. Os ratos sobrevivem saudáveis pois o seu sistema imunitário destrói as bactérias;
Situação C – bactérias da forma S mortas pelo calor são injectadas em ratos. Os ratos sobrevivem saudáveis pois não existe agente infeccioso;
Situação D – uma mistura de bactérias da forma S mortas pelo calor e bactérias da forma R vivas é injectada em ratos. Os ratos morrem. Ao analisar o sangue dos ratos mortos nesta experiência, Griffith encontrou bactérias vivas do tipo S e R. A única explicação possível para esta situação seria que algo das bactérias S mortas tinha passado para as bactérias R vivas, transformando-as de forma a que conseguissem formar cápsula, tornando-se patogénicas.



Experiência de Avery
Em 1944, Avery cultivou bactérias lisas, matou-as pelo calor e triturou-as. Separaram-se os seus constituintes químicos (glícidos, proteínas, lípidos e ácidos nucleicos).
Adicionando cada um destes constituintes, separadamente, a bactérias rugosas não patogénicas e, seguidamente, injectando-as em ratos, observou que apenas os ácidos nucleicos transformavam as bactérias rugosas em lisas patogénicas.
Estas observações permitiram concluir que estas biomoléculas eram responsáveis pela transmissão da informação genética.





Experiência de Hershey e Chase
Alfred Hershey e Marta Chase utilizaram bacteriófagos - vírus que infectam bactérias. Antes de iniciarem as suas experiências, estes investigadores consideraram que as proteínas da cápsula do vírus não têm fósforo (P), mas apresentam enxofre (S) e que o DNA apresenta na sua constituição fósforo (P), mas não enxofre (S). Isolaram, então, dois lotes de bacteriófagos, que marcaram radioactivamente: num dos lotes marcaram só o enxofre das proteínas (35S) e no outro somente o fósforo do DNA (32P), isto para seguirem o seu trajecto no decurso da experiência.

Como apenas o DNA viral penetra nas bactérias, e não as proteínas, pode concluir-se que é o DNA que contém a informação necessária para a produção de novos vírus, reforçando-se a ideia de que o DNA seria o suporte da informação genética, e não as proteínas.
Por: Ana de Castro

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