domingo, 31 de janeiro de 2010

Classificação de Whittaker

Em 1969, Whittaker propõe uma classificação dos seres vivos em cinco reinos, apoiando-se no seu nível trófico, tipos de nutrição e organização estrutural.


O sistema de Whittaker possui os mesmos reinos que a divisão dos seres vivos proposta por Copeland e um reino separado, onde se encontram os fungos, incluídos anteriormente por Copeland no reino protista.


Reflexão:

A classificação dos seres vivos foi evoluindo ao longo dos tempos. Desde os dois abrangentes reinos, Animalia e Plantae, de Aristóteles e Lineu, passando pelo sistema de três reinos (Plantae, Animalia e Protista) sugerido por Haeckel, sucedendo ainda a proposta de Copeland com a introdução do Reino Monera, até ao sistema de Whittaker, em cinco reinos – Monera , Protista, Fungi, Plantae e Animalia. Este último baseia-se na organização estrutural, no tipo de nutrição e também na interacção nos ecossistemas.

Curiosidade

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Infra-classe: Placentalia

Ordem: Primata

Família: Hominidae

Subfamília: Homininae

Gênero: Homo

Espécie: sapiens

Nomenclatura Binominal

Numa tentativa de universalizar os nomes atribuídos aos seres vivos, os cientistas procuraram criar uma nomenclatura internacional para a sua designação, estabelecendo regras para a atribuição de nomes científicos aos diferentes grupos taxonómicos.A língua latina é a utilizada para escrever o nome dos organismos desde a Idade Média, pois é uma língua morta, não sujeita a evolução, mantendo o significado original das palavras.Inicialmente, no séc. XVII, o botânico inglês John Ray desenvolveu um tipo de nomenclatura polinominal, pouco cómodo. Só mais tarde, através de trabalhos feitos por Lineu estabeleceu-se uma nomenclatura binominal, para designar as espécies, mais simples. As regras de nomenclatura estabelecidas por Lineu foram actualizadas pelas Comissões Internacionais de Nomenclatura.

Regras de nomenclatura binominal

* Cada espécie é designada sempre por duas palavras em latim: a primeira escrita com inicial maiúscula e correspondente ao nome do género ou nome genérico a que a espécie pertence; a segunda escrita com inicial minúscula, designando-se por restritivo especifico ou epíteto especifico, sendo apenas usada quando acompanhada do nome do género;
* A designação dos grupos superiores à espécie é uninominal, escrita com inicial maiúscula e podendo ser em latim ou na língua do utilizador;
* O nome da família obtém-se acrescentando a terminação idae à raiz do nome de um dos géneros desta família, no caso dos animais, ou acrescentando acea, no caso das plantas. Há, no entanto, excepções;
* Para designar uma subespécie, utiliza-se uma nomenclatura trinominal, seguindo-se ao nome da espécie o restritivo ou epíteto subespecífico. Por exemplo: Homo sapiens sapiens;
* Os nomes do género, espécie e subespécie são escritos em latim e normalmente em itálico. No caso dos manuscritos deverão ser sublinhados;
* À frente do nome da espécie deve escrever-se em letra de texto o nome ou a abreviatura do nome do taxonomista que, a partir de 1758, atribuiu o nome científico;
* Pode citar-se também a data da publicação do nome da espécie, sendo essa data colocada a seguir ao nome do autor, separada por uma vírgula
.


Hierarquia Taxonómica

As espécies agrupam-se em géneros, os géneros em famílias, as famílias em ordens, as ordens em classes, as classes em filos e os filos em reinos, numa hierarquia de níveis cada vez mais abrangentes.

Reflexão:

Cada um destes grupos denomina-se taxon e esta idéia provém de Lineu. É uma organização hierarquica para poder ordenar e organizar as inúmeras espécies de seres vivos.
O reino é a categoria mais abrangente, sendo por isso, a mais heterogénea. Entre estes dois extremos consideram-se o género, a família, a ordem, a classe e o filo (divisão nas plantas). Ao longo da hierarquia vai aumentando o número de organismos incluídos em cada nível, mas diminuindo o grau de parentesco entre eles. Os taxonomistas sentiram necessidade de uma classificação mais rigorosa dentro de determinados níveis, criando categorias intermédias, distinguindo-as com prefixos como super, sub e infra.

Sistemas de Classificação

O mundo dos seres vivos é constituído por uma enorme variedade de organismos. Desta forma foi necessário agrupá-los e classificá-los de forma a obter um estudo sobre a enorme variedade existente. A Sistemática é a ciência que se ocupa de classificar os diversos seres vivos.


  • Classificações práticas - Ainda hoje em dia distinguimos os animais domésticos dos animais selvagens, por exemplo. Estes sistemas são designados de sistemas de classificação práticos.
  • Classificações Horizontais (classificações racionais) - Os sistemas que utilizam características morfológicas ou fisiológicas dos seres, representam sistemas de classificação racionais, propostos pela primeira vez por Aristóteles (Grécia Antiga). Podem ser:
    *Classificações racionais artificiais
    *Classificações racionais naturais


  • Classificações Verticais (classificações racionais) - Surgiram no período pós-darwiniano as classificações verticais ou filogenéticas, que consideram o factor tempo. Os seres vivos passaram a ser classificados de acordo com a sua história evolutiva.

Sistemática dos seres vivos - Fundo genético e evolução

Define-se fundo genético como o conjunto de todos os genes presenets numa população num dado momento. Apesar de a selecção natural actuar sobre o fenótipo dos indivíduos de uma população, uma vez que este resulta da expressão do genótipo, os biólogos hoje definem evolução como uma mudança no fundo genético das populações. Em cada fundo genético a frequência dos genes pode variar, havendo genes mais frequentes do que outros.

Neodarwinismo

A Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos, tomando como essência as noções de Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções actuais de genética. A mais importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito antigo de herança por meio da mistura de sangue pelo conceito de herança por meio de partículas: os genes. Esta teoria baseia-se em quatro processos básicos da evolução: mutação, recombinação genética, seleção natural, isolamento reprodutivo. Os três primeiros são responsáveis pelas fontes da variabilidade; os dois últimos orientam as variações em canais adaptativos.

Reflexão:

O desenvlvimento dos conhecimentos de genética no estudo das populações de seres vivos e as novas descobertas sobre hereditariedade permitiram reinterpretar a teoria da evolução de Darwin, sintetizando e correlacionando os diversos conhecimentos das áreas da genética, da citologia e da bioquímica.

Evolução





Este video mostra de forma sintetizada a evolução da vida, desde os seres mais primitivos até à espécie humana mas num aspecto de publicidade. (:

Lamarckismo & Darwinismo




sábado, 30 de janeiro de 2010

Darwinismo

O evolucionismo acabou por se impor no mundo científico graças a Charles Darwin.



De entre os vários contributos para a sua teoria salientam-se dados recolhidos durante uma viagem de circum-navegação e as observações efectuadas, em especial no arquipélago dos Galápagos. Estes dados permitiram a Darwin propor a selecção natural como o mecanismo essencial que dirige a evolução.De acordo com este processo, os seres vivos mais aptos de uma população sobrevivem e transmitem os caracteres mais favoráveis. Dado que o ambiente não possui os recursos necessários para a sobrevivência de todos os indivíduos que nascem, deverá ocorrer uma luta pela sobrevivência durante a qual serão eliminados os menos aptos.



Reflexão:
Todas as espécies apresentam, dentro de uma dada população, indivíduos com pequenas variações nas susas características, como, por exemplo, na form, na cor e no tamanho. Uma vez que as espécies originam mais descendentes do que aquelas que podem sobreviver, os descendentes que possuem variações vantajosas, relativemente ao meio em que se encontram, têm maior taxa de sobrevivência. Nesta luta pela sobrevivência são eliminados os indivíduos que possuem variações desfavoráveis (sobrevivência diferencial). Através deste mecanismo de selecção natural, o ambiente condiciona a sobrevivência dos diferentes indivíduos da população. Os indivíduos portadores de variações favoráveis sobrevivem, tansmitindo as suas características à descendência (reprodução diferencial).A selecção natural, actuando ao longo de muitas gerações, conduz à acumulação de características que, no seu conjunto, poderão vir a originar novas espécies.
A principal crítica ao darwinismo assenta no facto de nunca ter explicado a causa das variações nos indivíduos de uma população.

Lamarckismo




Em 1809, Jean Baptiste Lamarck propôs uma explicação para a evolução dos seres vivos. Admitia uma progressão constante e gradual dos organismos mais simples para os mais complexos. Esta progressão ocorreria esgundo dois proncípios:



-LEI DO USO E DESUSO:


Para Lamarck, o ambiente é o proncipal agente responsável pela evolução dos seres vivos. A necessidade que os seres sentem de se adaptar a novas condições ambientais, resultantes de alterações do ambiente, conduz ao uso ou ao desuso contínuo de certos órgãos. Deste modo, a função que o órgão desempenha acabará por determinar a sua estrutura como forma de adaptação ao meio.




-LEI DA HERANÇA DOS CARACTERES ADQUIRIDOS:




Lamarck considerava que as transformações sofridas, provocadas pelo ambiente, quer no sentido do desenvolvimento do órgão quer da sua atrofia, eram transmitidas à descendência - lei da herança de caracteres adquiridos. Essas pequenas transformações, ao acumularem-se ao longo de gerações sucessivas, provocariam o aparecimento de novas espécies, funcionando assim como o principal factor de evolução.



Reflexão:
A teoria de Lamarck, apesar de chamar a atenção para o fenómeno de adaptação ao ambiente, é contestada, pois se é certo que o uso desenvolve as estruturas - lei do uso -, já não é plaus´´ivel dizer-se que a descendência herdará essas estruturas com esse grau de desenvolvimento - lei da heramça dos caracteres adquiridos. Hoje, sabe-se que as alterações que se transmitem à descendência são apenas aquelas que decorrem de modificações ao nível do material genético dos gâmetas e não as que são provocadas pelo uso ou desuso de certos órgãos ou estruturas.

Fixismo VS Evolucionismo

O meu comentário:

Até meados do século XX, a diversidade do mundo vivo era explicada, fundamentalmente, como resultado de um acto de criação divino, mantendo-se as diferentes espécies inalteradas ao longo do tempo desde o momento da sua criação. Dé acordo com esta perspectiva criacionista, as espécies são fixas e imutáveis e, como tal, não sofrem alterações. Esta explicação, conhecida como fixismo, considera a Natureza como um sistema ordenado e estável, onde cada forma viva, criada para um determinado fim, está perfeitamente adaptada.Se bem que as raízes do evolucionismo mergulhem nas ideias de vários autores dos séculos XVII e XVIII, que defendiam a transformação das espécies, foi no século XIX que as ideias transformistas ganharam força, acabando por impor o evolucionismo como paradigma da origem e diversidade das espécies.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Modelo Autogénico VS Modelo endossimbiótico


Modelo Autogénico - admite que a célula eucariótica terá surgido a partir de organismos procariontes por invaginações sucessivas de zonas da membrana plasmática seguidas de especialização.



Modelo Endossimbiótico - admite que a célula eucariótica terá surgido da associação entre organismos diferentes, em que um deles (Endossimbionte) vive no interior do outro, beneficiando ambos da associação.


Limitações:

  • *Não explica claramente a origem do núcleo da célula eucariótica;

  • *Não esclarece, como é que o DNA nuclear comanda o funcionamento do cloroplasto e da mitocôndria.

Ciclo de vida de um ser Diplonte - a Homem


O ser humano reproduz-se exclusivamente de forma sexuada.
- a meiose ocorre durante a formação dos gâmetas que, quando se unem (através da fecundação), dão origem a um zigoto diplóide;
- o zigoto divide-se mitoticamente originando um indivíduo pluricelular diplonte.

Ciclo de vida de um ser Haplodiplonte - O polipódio


O Polipódio é um feto muito comum no nosso país, sobretudo em locais húmidos. Reproduz-se por reprodução assexuada, por multiplicação vegetativa, através dos rizomas, e também por reprodução sexuada, como se representa na figura. Na época de reprodução surgem, na página inferior das folhas, formações amareladas, que sao grupos de estruturas pluricelulares, os esporângios, que, quando jovens, contém células-mães de esporos. Estas dividem-se por meiose, originando esporos que são libertados quando maduros. Cada esporo origina um protalo quando germina. No protalo formam-se gametângios masculinos produtores de anterozóides (gametângios masculinos) e gametângios femininos produtores de oosferas (gametângios femininos). O zigoto resultante da fecundação começa a desenvolver-se sobre o protalo, originando uma planta adulta.

No diagrama II, s estruturas A, B, C, e D são, respectivamente, esporângio, protalo, gametângio masculino e gametângio feminino. O polipódio é um ser haplodiplonte, e a fase diplóide é mais desenvolvida que a fase haplóide. A planta adulta está incluída na fase diplóide.
Ana de Castro

Ciclo de vida de um ser Haplonte - a Espirogira



Quando as condições do meio são favoráveis (Primavera e Verão), a reprodução da espirogira é assexuada: os organismos adultos fragmentam-se e as células de cada fragmento dividem-se por mitose, levando ao crescimento de novos filamentos de espirogiras adultas, o que permite uma colonização rápida de um habitat. Neste processo mantém-se a informação genética, não ocorrendo alternância de fases nucleares.Quando as condições do meio se tornam desfavoráveis (Outono), a reprodução da espirogira é sexuada: ocorre fecundação e meiose, verificando-se, por isso, alternância de fases nucleares: uma fase haplóide, compreendida entre a meiose e a fecundação, e que corresponde ao filamento que constitui a espirogira; e uma fase diplóide, constituída apenas pelo zigoto. O zigoto encontra-se rodeado por uma parede espessa, e permanece em estado de vida latente, geralmente durante o Inverno, até que as condições ambientais voltem a ser favoráveis. Então, o núcleo de cada zigoto divide-se por meiose, formando quatro núcleos haplóides, dos quais três se desintegram, ficando a célula com um único núcleo haplóide. Essa célula divide-se sucessivamente por mitose, levando ao crescimento de um novo filamento de espirogira adulta.Como tal, esta alga é um organismo haplonte, pois, como a divisão do núcleo do zigoto se efectua por meiose, quase todo o ciclo de vida decorre na fase haplóide.

Meiose - Vídeo e definição



Meiose é o nome dado ao processo de divisão celular através do qual uma célula vê o seu número de cromossomas reduzido para metade. Por este processo são formados gametas e esporos.


Por: Ana de Castro

Actividade experimental - Reprodução assexuada




Foi-nos proposto realizar uma actividade experimental sobre a reprodução Assexuada. A experiência que realizamos tinha como questão foco:"Quais as estratégias de reprodução assexuada (gemulação e esporulação)?". Como em todas as experiências anteriores tivemos em conta vários princípios, como por ex.:



  • A reprodução é uma característica fundamental dos seres vivos, permitindo formação de novos individuos.
(...)
  • A reprodução assexuada permite a formação de novos indivíduos a partir de um só progenitor, sem que haja a intervenção de células sexuais; (...)

Para realizar esta actividade tivemos em conta estes conceitos: reprodução assexuada, esporulação, gemulação, seres unicelulares, gémula, esporos, esporângios, hifas, célula, leveduras, bolor, fungos, mitose, divisão de células e núcleo.
Na gemulação, ao colocar a amostra no microscópio foi possível observar a formação de expansões na superfície da célula que, ao separarem-se, davam origem a novos indivíduos de menor tamanho que o progenitor. Na esporolação, a observação da amostra ao microscópio permitiu-nos visualizar o bolor presente no pão e na fruta. Ao visualizá-lo conseguimos distinguir os esporos, os esporângios e as hifas. O objectivo desta experiência foi atingido, permitindo-nos a observação dos processos de reprodução assexuada.







Materiais que utilizamos pra poder ver a Gemulação e a Esporulação:


Importante saber que:

Os fungos (bolores) são organismos com células eucarióticas muito importantes na natureza. Os fungos classificam-se em bolores, leveduras e cogumelos. Os bolores ou mofos apresentam estruturas morfológicas típicas que permitem diferenciá-los dos outros seres vivos. Eles crescem em substratos simples e em meios usualmente acidificados. È comum observá-los a crescer em substratos sólidos como em certos alimentos como pães, frutas cítricas, apresentando o aspecto aveludado. A coloração dos bolores é dada pelos esporos. Cada esporo pode dar origem a um novo bolor. Os bolores são organismos pluricelulares que se apresentam como filamentos ao microscópio óptico comum com menor aumento.




Elaborado por: Ana de Castro; Ana Ferreira; Diana Carneiro; Vanessa Costa

Actividade Experimental - "Como exrair o DNA de células de kiwi?



Foi-nos proposto realizar uma actividade experimental sobre o DNA. Essa experiencia tinha como questao foco: "Como extrair o DNA de células de kiwi?". Para realizar esta experiência tínhamos que ter em conta alguns pricípios, como por exemplo:


  • Todos os seres vivos são constituidos por células;
  • A célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os seres vivos;
  • O kiwi é um ser vivo multicelular constituído por células eucarioticas vegetais;
  • A técnica de extracção do DNA consta de 2 etapas: ruptura das membranas (detergentes, sendo um solvente de gorduras, destrói as membranas de fosfolípidos); separação da cromatina (DNA e proteínas);


(...)

Na realização desta actividade também tivemos em conta os seguintes conceitos: célula procariótica, célula eucariótica animal e vegetal, DNA, proteínas, cromatina, núcleo, membrana nuclear, membrana plasmática, nucleótido.
Para romper a parede celular das células vegetais do kiwi esmagou-se o kiwi no almofariz. O detergente utilizado serviu para romper as membranas deixando que se liberta-se o DNA e as proteínas do núcleo.

Quando se adicionou lentamente etanol gelado ao filtrado, os filamentos de DNA ascenderam lentamente na camada de etanol surgindo mais próximo da superfície.



Foram atingidos os objectivos, no entanto a molécula de DNA não foi observada a olho nu somente só se poderia fazê-lo ao microscópio electrónico. A razão pela qual podemos observar o DNA na nossa experiencia resulta de milhões de cadeias de DNA e proteinas aglomeradas.

Elaborado por: Ana de Castro; Ana Ferreira; Diana Carneiro; Vanessa Costa